sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

o vento entra
pelos meus muitos corredores
agitando as sedas e rendas
das minhas vestes
e dos meus mistérios,
e as folhas e flores
do meu jardim secreto.
na ciranda das muitas faces
eu sou um mundo.
e sou tão anônima quando
a água funda do mar a dentro.
o vento percorre calado
pelos meu túneis cavados
na rocha bruta
e toca minha pele rude
cheia de poros e lembranças.
meu coração está frágil
e está se abrindo
assim como o mundo
se abre na primavera.
o vento balança minhas asas
e me avisa
que já é hora
de ir para casa.
e minha casa estará
onde você estiver ...

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