sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

vapor

A minha cor é o arco-íris
Como flor de lua
Se abre uma vez só
A minha cor tem tons livres
A que tudo cura
Até o som que não é são
A minha cor passando
A limpos passos falsos da dor
Sou vidro
E se você respirar será vapor
Vapor
Se condensou em mim
Será que vai pôr
Vapor
Seu carinho em mim

Penso.

Eu hoje sei de muita coisa que eu não vi
Acordei seguindo os dias
Hoje esqueci que existe um fim
E num filme, um personagem
Eu sobre o mundo e o nada
E as palavras

Eu hoje escrevo muita coisa que eu não vi
Traços dei
Segredos em linhas
Hoje um quarto escuro acende em mim
E no filme um personagem
Sobre o mundo o nada
E as palavras

E as horas se vão
E sobre mim e sobre o tempo
As fotos que bati do que penso
Do que penso e sou

O amor me escolheu

Eu andei
Por onde o amor me levou
Eu voltei
Por onde o amor me chamou
Eu amei
Como homem nenhum nunca amou

O amor me escolheu
Logo eu, que de amor nada sei
Eu, que onde quer que o amor me quiser
Estarei
Eu, que se assim quer o amor
Sou um rei
E serei pelo tempo que for
Quando o amor quiser ser
A minha voz o seu cantor

Então

Você diz que me ama
Quando deita na cama
Não consegue dormir sem me ver

Olha
Pela sua janela
A estrela que vela
Me ilumina sem nem estar lá

Ah! Não vai dar
Pra viver só de esperar
Não vai dar, não vai dar
Pra me apagar

Irremediável

Dizem que irremediável só a morte
Irremediável na vida
É quase tudo
O beijo que eu não dei naquela noite
O dia em que saí
Com meu escudo

A boa sorte que eu tive
Também não teve jeito
Do mesmo jeito que o azar
Teve seu lugar

O que houve ontem
Não pode ser desfeito
O que aconteceu não desacontece
O que se fez se esconde,
mas não se esquece
O problema que se ignora, não desaparece.
Beijai-me agora, e muito, e outra vez mais,
Dai-me um de vossos beijos saborosos
E depois, dai-me um desses amorosos
E eu pagarei com brasa o que me dais.
Virei vos socorrer, se vos cansais,
Com mais dez beijos longos, langorosos,
E assim trocando afagos tão gostosos,
Gozemos um do outro, em calma e paz.
Vida em dobro teremos, sendo assim:
Eu vivo em vós e vós vivendo em mim.
Deixai que vague, pois, meu pensamento:
Não dá prazer viver bem comportado;
Bem mais feliz me sinto, e contentado,
Quando cometo algum atrevimento.

A casa do coração

O coração tem dois quartos:
Moram ali, sem se ver,
Num a Dor, noutro o Prazer.

Quando o Prazer no seu quarto
Acorda cheio de ardor,
No seu, adormece a Dor...

Cuidado, Prazer! Cautela,
Canta e ri mais devagar...
Não vá a Dor acordar..

Passante.

A rua em derredor era um ruído incomum,
longa, magra, de luto e na dor majestosa,
Um homem passou e com a mão faustosa
Erguendo, balançando o festão e o debrum;

Nobre e ágil, tendo a perna assim de estátua exata.
Eu bebia perdido em minha crispação
No seu olhar, céu que germina o furacão,
A doçura que embala o frenesi que mata.

Um relâmpago e após a noite! — Aérea beldade,
E cujo olhar me fez renascer de repente,
So te verei um dia e já na eternidade?

Bem longe, tarde, além, jamais provavelmente!
Não sabes aonde vou, eu não sei aonde vais,
Tu que eu teria amado — e o sabias demais!

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Mãos Atadas

Tenho as mãos atadas ao redor do meu pescoço
Eu queria mesmo era tocar seu corpo
Reprimo meus momentos
Jogo fora os sentimentos e depois?
Depois toco meu corpo eu tenho frio
Sou um louco amargurado e até vazio
E me chamam atenção
Mas eu sou louco é de paixão e você?
Você que me retire desse poço
Eu sei ainda sou moço pra viver
E te ver assim tão crua
A verdade é toda nua
E ninguém vê


Eu tenho as mãos atadas sem ação
E um coração maior que eu para doar
Reprimo meus momentos
Jogo fora os sentimentos sem querer
Eu quero é me livrar
Voar
Sumir
Perder não sei, não sei, não sei querer mais
A qualquer hora é sempre agora chora
Quero cantar você
Vou fazer uma canção liberte o meu pensar
Aperte os cintos pra pousar
Agora é hora de dizer muito prazer sorte ou
azar e amar
Simplesmente amar você

Cuide-se Bem.

Cuide-se bem!
Perigos há por toda a parte
E é bem delicado viver
De uma forma ou de outra
É uma arte, como tudo...

Cuide-se bem!
Tem mil surpresas
A espreita
Em cada esquina
Mal iluminada
Em cada rua estreita
Em cada rua estreita
Do mundo...

Prá nunca perder
Esse riso largo
E essa simpatia
Estampada no rosto...

Cuide-se bem!
Eu quero te ver com saúde
E sempre de bom humor
E de boa vontade
E de boa vontade
Com tudo...

Prá nunca perder
Esse riso largo
E essa simpatia
Estampada no rosto...

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

vinte cinco do doze

Vinte cinco do doze.

Sua chegada significou um reviver de esperanças, um abrir de mil janelas por onde entraram sonhos, fantasias e quimeras transformadas em realidades cotidianas...
A natureza preencheu-se de maiores encantos, sons e aromas...
Sua presença é meu presente, um presente-dádiva, num tempo presente...
E eu só tenho a agradecer, por você ter invadido minha vida, uma doce invasão, preenchendo meus dias com prazeres e alegrias.
Sua presença já é para mim a certeza de uma era de amor, paixão e paz.
Que os anos vindouros perpetuem essa certeza...
E que, em cada Natal, eu possa continuar repetindo:

Meu presente é você! E meu futuro é com você!

Feliz Natal!!!


TA.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Alguém que te faz sorrir.

Eu nunca consegui saber diferenciar
Não querer com não mais sentir
Não merecer com não mais amar

E hoje eu estou aqui
Sem ter lugar pra ficar
Escrevendo canções pra que
Você possa escutar
Com outro alguém do seu lado

Alguém que te faz sorrir
Alguém que vai te abraçar
Quando a escuridão cair
Te impedindo de me enxergar
E eu que hoje estou aqui
E pra sempre vou ficar
Segundos antes de dormir
De mim você vai lembrar

Tente me ouvir
Tente me ver


Eu juro que eu vou ser!
Alguém que te faz sorrir
Alguém que vai te abraçar
Quando a escuridão cair
Quando você precisar
De alguém que não vai mentir
Que não quer te magoar
Segundos antes de dormir
De mim você vai lembrar.

domingo, 21 de dezembro de 2008

Depois eu te conto

Troco olhares
Desejos e frases
Troco seu nome pra ninguém perceber
Sua presença é tudo o que eu quero
Desvendar você

Não vá tão longe
Onde eu não possa te ver
Não me encontre
Eu encontro você
E se eu te achar, não fuja
E se eu te olhar, disfarce
E se eu não agüentar...
Te beijo

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Duas nuvens

Tristes são os olhos de quem chora
Um amor que pôs o pé na estrada

Tentam convencer quem vai embora
Que a estrada de ir vai dar em nada

Luz que incendeia
Corpos confusos
E um coração que anda à boleia
De desejos, mistérios e búzios

Lágrimas que surgem na aurora
Cristais de geada no lençol

Gotas de um orvalho que evapora
Na preguiça de um raio de sol

Luz que clareia
Corpos difusos
E um coração que anda à boleia
De desejos, mistérios e búzios

Olhos - duas nuvens a voar
Sobre os céus
Talvez sejam os teus ou os meus
Vão na chuva, vão no vento, vão no rio, vão no mar

Quando escutares o barulho
Das ondas ao sabor da minha mágoa

Sou eu que na pressa de um mergulho
Fui me confundindo com a água

Luz que prateia
Corpos difusos
E um coração que anda à boleia
De desejos, mistérios e búzios

Olha - duas nuvens a voar
Sobre o céu
Talvez sejas tu ou seja eu
Eu que sou chuva, que sou vento, que sou rio, que sou mar