quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Duas nuvens

Tristes são os olhos de quem chora
Um amor que pôs o pé na estrada

Tentam convencer quem vai embora
Que a estrada de ir vai dar em nada

Luz que incendeia
Corpos confusos
E um coração que anda à boleia
De desejos, mistérios e búzios

Lágrimas que surgem na aurora
Cristais de geada no lençol

Gotas de um orvalho que evapora
Na preguiça de um raio de sol

Luz que clareia
Corpos difusos
E um coração que anda à boleia
De desejos, mistérios e búzios

Olhos - duas nuvens a voar
Sobre os céus
Talvez sejam os teus ou os meus
Vão na chuva, vão no vento, vão no rio, vão no mar

Quando escutares o barulho
Das ondas ao sabor da minha mágoa

Sou eu que na pressa de um mergulho
Fui me confundindo com a água

Luz que prateia
Corpos difusos
E um coração que anda à boleia
De desejos, mistérios e búzios

Olha - duas nuvens a voar
Sobre o céu
Talvez sejas tu ou seja eu
Eu que sou chuva, que sou vento, que sou rio, que sou mar

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