segunda-feira, 22 de setembro de 2008

É...

Quanto mais me faltas mais o teu corpo me cerca. A tua ausência desperta em mim o apetite que vagarosa e assustadoramente me toma. Em vez de querer falar contigo ou regar as tuas palavras com sorrisos, quero antes que a mudez nos invada e que as nossas bocas tratem de se ocupar mutuamente. Nessas alturas, gostaria de ter a capacidade de uma serpente ovípara em que a mandíbula se desloca para poder beijar de uma só vez o que simplesmente daria uma vida. O que queria mesmo era poder compreender a força motriz que nos afasta para lá do nosso tino. Quando não estás é como se mais nada estivesse no seu e no meu lugar.

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